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Carlos Nascimento e Yuri Dinali

Escola de Paracatu de Baixo entre Dúvidas e Desafios

Com previsão de mudança definitiva em 2025, a equipe pedagógica expressa preocupações sobre a adaptação dos alunos durante o processo, especialmente o suporte psicopedagógico oferecido pela Renova, que não supre todas as necessidades e demandas da instituição.


#ParaTodosVerem: Sala de aula vazia da Escola Municipal de Paracatu de Baixo, localizada no centro de Mariana, com carteiras organizadas de quatro em quatro. Ao fundo, há um quadro branco com algumas figuras e cartazes educativos, e à esquerda, uma porta de vidro larga que se abre para um espaço externo, com muros decorados com desenhos coloridos.
A Escola Municipal de Paracatu de Baixo foi realocada em Mariana após o rompimento da barragem e agora vive a expectativa da transição para o reassentamento. | Foto • Yuri Dinali

A Escola Municipal de Paracatu de Baixo, transferida para a cidade de Mariana após o rompimento da barragem de Fundão em 2015, vive a expectativa de mais uma transição, agora definitiva, para o reassentamento de Paracatu no próximo ano, uma década depois do desastre-crime. A mudança definitiva para o reassentamento já foi adiada em outros momentos, devido ao atraso na entrega das novas residências dos moradores. Além da mudança para o cenário urbano e das mudanças de endereços acontecidas nos últimos nove anos, em que estudantes, professores e gestores têm que lidar com as dificuldades de adaptação, os processos de aprendizagem e as redes de sociabilidade, especialmente dos estudantes, foram amplamente prejudicados.


Atualmente, funcionando na região central, próxima a prefeitura da cidade, a escola conta com 101 alunos entre 4 e 15 anos de idade, matriculados da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, além de  empregar 43 profissionais que atuam no ensino, coordenação e direção do colégio. Cerca de 90% dos alunos possuem algum vínculo com a comunidade de Paracatu de Baixo, sendo filhos ou netos de antigos moradores. Segundo Angélica, professora da escola há mais de 30 anos, até o ano passado, a escola recebia apenas matrículas de alunos provenientes ou que tivessem algum vínculo com a comunidade. Neste ano, por meio de uma decisão da Secretaria Municipal de Educação, a escola ampliou suas vagas para receber outros estudantes, moradores de Mariana.  


Enquanto parte dos alunos serão levados para escola no distrito, outros serão transferidos para demais escolas de Mariana, já que seus familiares optaram por permanecer na cidade em vez de retornar com suas famílias para o reassentamento. Essas rupturas de laços sociais provocados desde o rompimento da barragem até a mudança para escola do reassentamento, são desafios nos processos de escolarização e socialização dos alunos. 


Tantas mudanças, tantas esperas

Desde o rompimento da barragem das mineradoras Vale e BHP (Samarco), a Escola Municipal de Paracatu de Baixo vivenciou uma série de mudanças. Ainda em novembro de 2015, uma semana após o desastre-crime, os alunos foram transferidos para a Escola Municipal Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, localizada no bairro do Rosário, na cidade de Mariana. Esse rápido retorno do ano letivo, permeado por traumas e adaptações da rotina escolar, deixou estudantes e profissionais da Escola de Paracatu de Baixo imersos em um clima de incertezas, dentre eles a professora Angélica, que também era moradora da comunidade e atualmente vive em Mariana enquanto aguarda a nova residência no reassentamento.


“Foi um processo muito sofrido, porque as crianças não entendiam o que estava acontecendo e havia muito medo. O medo de todo mundo era sobre o que seria de nossas vidas e para onde iríamos. Todo mundo sem casa, né? Então foi muito desafiante.” (Professora Angélica)
#ParaTodosVerem Foto da professora Angélica sorrindo, sentada à mesa, durante uma entrevista gravada por um celular em um tripé à sua frente. Ela usa uma camisa preta e, sobre a mesa, há um celular e uma garrafa térmica.
A professora Angélica reflete sobre os desafios da comunidade escolar de Paracatu de Baixo. | Foto • Yuri Dinali

Uma das preocupações da pedagoga da escola, Cintia Peixoto, está relacionada ao impacto emocional das crianças e dos adolescentes, além da necessidade de um suporte psicopedagógico adequado a esta realidade. Incluídas nestas dificuldades emocionais, muitos alunos enfrentaram preconceito e discriminação após o desastre. Um ex-aluno, 18 anos e que prefere não ser identificado, estudou na escola entre 2010 e 2020, enfrentou as dificuldades de adaptação com a mudança da escola para a cidade, além de ter sido vítima de  bullying à época por ser membro de uma família atingida.


“De início, não tínhamos a nossa própria escola, então tivemos que estudar em uma escola que foi 'emprestada' enquanto a nossa não ficava pronta. Nós sofríamos bullying por não ter nossa escola e nem casa por conta do acontecimento. Assim, éramos alvo de bullying por sermos atingidos.” (Ex-aluno e antigo morador do distrito)

Infelizmente, isso reflete uma realidade mais ampla enfrentada por muitos atingidos, mesmo fora da escola, que foram, e ainda são vítimas do  preconceito e discriminação.  A BBC Brasil, em 2017, denunciou casos de hostilização, especialmente durante manifestações de moradores de Mariana que pediam o retorno das operações da Samarco. Nessas ocasiões, os atingidos eram frequentemente responsabilizados pelas dificuldades econômicas da região.


Continuando a saga de mudanças, no início de 2016 a Secretária Municipal de Educação transferiu os estudantes e profissionais da escola localizada no bairro Rosário para um prédio da prefeitura que estava desativado, localizado no bairro Morro Santana. Em seus dois anos de funcionamento neste prédio, o sentimento dos familiares e equipe escolar era de desconforto com o espaço, pois o bairro era distante da área central e a estrutura física da escola era precária, não atendendo as necessidades pedagógicas.


Já em 2018, apenas três anos após a primeira mudança, uma nova transferência é feita, agora para região onde toda equipe escolar e estudantes permanecem até hoje. A estrutura conta com 08 salas de aula pequenas que comportam no máximo 10 alunos em cada, refeitório, sala de informática, biblioteca adaptada com duas estantes de livros, pátio e uma quadra esportiva pequena, além das salas de coordenação, banheiros e sala dos professores. A escola funciona no período da manhã e da tarde, sendo que à tarde ocorrem as oficinas do ensino integral que vão de reforço escolar a aulas de capoeira.


Para ilustrar as diversas mudanças enfrentadas pela Escola Municipal de Paracatu de Baixo ao longo dos últimos nove anos, apresentamos o mapa a seguir. Cada ponto marca uma localização significativa na trajetória da escola desde o rompimento da barragem em 2015 até a previsão de reassentamento definitivo em 2025:


#ParaTodosVerem Imagem via satélite do Google mostrando a região de Mariana. Setas e ícones indicam os locais de realocação da Escola de Paracatu de Baixo desde o rompimento da barragem até a mudança planejada para o reassentamento em 2025. Os pontos são numerados de 1 a 5, representando cada etapa da jornada da escola.
O mapa mostra a trajetória da E. M. de Paracatu de Baixo: Ponto 1: representa o seu território original; Ponto 2: a escola Dom Luciano; Ponto 3: a escola no Morro Santana; Ponto 4: seu local atual em Mariana; e Ponto 5: a futura escola no reassentamento. | Fonte • Google Maps.

Da liberdade do campo ao muros da cidade

A imposta transição da Escola, do campo para a cidade,  impactou profundamente a vivência e a rotina escolar. Em Paracatu de Baixo a escola era literalmente aberta, não havia portões trancados, a quadra da escola era compartilhada com os moradores, havia uma relação significativa da instituição com a comunidade. Os eventos da escola tornavam-se os eventos da comunidade e vice-versa. A escola, assim como a igreja, era um dos pontos articuladores e de referência para os moradores. 


“Mudou muito, tudo era  muito próximo da escola, não tinha essa necessidade de ficar trancada. A gente fazia atividades e saía da escola facilmente. Agora, quando vem pra Mariana, é completamente diferente, porque aqui a gente não tem como reproduzir esse ambiente. Tudo ficou mais burocrático.” (Professora Angélica)

Em Mariana essa dinâmica mudou completamente, pois a escola da cidade tem os muros altos e portões completamente trancados, ficando imersa nas vivências de uma socialização urbana.  Além da perda da liberdade e da tranquilidade que o ambiente rural proporcionava, a escola também sofreu com a fragmentação da comunidade escolar, como relatou: Cintia Peixoto, pedagoga que atua na escola desde o ano de 2017 e desenvolve pesquisa de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFOP sobre formação docente e o reconhecimento da Escola de Paracatu de Baixo no reassentamento, dentro da perspectiva da Educação do Campo.


“O que dificulta muito aqui é cada aluno ser de um bairro, não temos uma referência. Teve uma vez que pediram para a gente estudar um bairro. Aí eu disse: Qual bairro nós vamos escolher? Temos alunos do Cabanas, Colina, Morro Santana, Rosário, tinha aluno de tudo quanto é lugar. A gente não tem um lugar de fato para falar que é a comunidade escolar.” (Pedagoga Cintia Peixoto)

#ParaTodosVerem Foto da pedagoga Cíntia Peixoto sentada em frente a um computador, em sua mesa de trabalho. Ela veste uma blusa estampada e jeans, com as mãos repousadas no colo. Ao fundo, há um armário cinza e um quadro verde repleto de anotações na parede.
A pedagoga Cíntia Peixoto reflete sobre os desafios da transição para o reassentamento e a importância de um suporte psicopedagógico eficaz para a adaptação dos alunos e professores. | Foto • Yuri Dinali

Essa fragmentação ocorre pelo fato de que as famílias atingidas foram realocadas em diferentes bairros da cidade, o que contribui para a dispersão da comunidade escolar e enfraquece o senso de pertencimento ao novo ambiente, além de prejudicar as redes de sociabilidade que antes mantinham a coesão da comunidade. A pedagoga relata que essa dispersão não só prejudica o contato entre os alunos fora da escola, mas também enfraquece os laços sociais entre escola e familiares. Além disso, a fragmentação dificulta a construção de uma identidade coletiva da própria comunidade de Paracatu de Baixo. Por isso, um dos principais desafios da equipe pedagógica, atualmente, é resgatar as tradições e costumes da comunidade em eventos realizados para alunos e familiares, como a Festa Junina e Folia de Reis. 


Promessas ao vento e laços desfeitos

A prometida transição para o reassentamento foi adiada diversas vezes, gerando frustrações e inseguranças. Segundo o Relatório Técnico Atraso na Reparação do direito à Moradia divulgado pela Cáritas Brasileira, o reassentamento que deveria ter sido entregue em 31 de março de 2019, foi adiado para agosto de 2020, depois para fevereiro de 2021 e agora, a previsão é que seja entregue no início de 2025. Diante disso, professores e pais anseiam que a mudança ocorra no início do ano letivo, evitando prejuízos pedagógicos.


Além disso, alguns alunos, principalmente as crianças menores, da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, têm dificuldades para compreender todo esse processo. Essas crianças são aquelas que iniciaram sua vida escolar após o rompimento da barragem e, por isso, não conheceram o funcionamento e a rotina da escola em Paracatu de Baixo. O que fica entre elas agora é a expectativa de irem definitivamente para a nova escola, no reassentamento, um local que mal conhecem. 


“Tem crianças que estão com a gente há muito tempo e, nessa transição de volta para Paracatu, a gente não sabe como isso vai acarretar para elas. Eu mesma tenho a minha turminha desde o ano passado, que está comigo. Como essas crianças vão vivenciar esse momento? Tem crianças que falam comigo que vão estudar ali [na escola da cidade] para sempre.” (Professora Angélica)

Essa preocupação não é apenas da professora Angélica, mas também é compartilhada por outros membros do corpo docente, como destaca Milena Amarante, residente de Mariana e professora da educação infantil na Escola de Paracatu de Baixo desde o início de 2024. Milena também reforça a preocupação com a caracterização da escola como uma instituição voltada para a Educação do Campo, algo que ainda está em discussão, inclusive na elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola. Como parte do processo de adaptação e para aproximar as crianças do novo ambiente, segundo a Escola, do dia 7 ao dia 11 de outubro serão realizadas aulas no reassentamento.


"O debate sobre o retorno é constante em nossas reuniões. Independente de quem vai ou não, a gestão e os professores discutem bastante esse retorno: 'Quem são os alunos que irão? Quem não irá? Como será essa transição?' Enfim, é um debate importante e necessário, que está caminhando.” (Professora Milena Amarante)

A adaptação dos alunos que permanecerão em Mariana também é alarmante. Angélica aponta que essas crianças e adolescentes, acostumadas com turmas pequenas, com atenção individualizada dos professores e com as dinâmicas próprias da Escola de Paracatu de Baixo, precisarão se adaptar a um novo contexto escolar, com uma rotina e espaço completamente diferentes. Nestas escolas, situadas na área urbana de Mariana, as turmas são maiores, dificultando a realização de um trabalho pedagógico que considere o ritmo de aprendizagem individual e da turma. 


“Na minha turma com 08 alunos eu consigo esperar um aluno terminar sua atividade, agora, imagina essa criança indo para uma escola totalmente diferente.” (Professora Angélica)

Os estudantes e profissionais que irão para a nova escola do reassentamento enfrentarão mais uma etapa de adaptação com uma nova infraestrutura e novas dinâmicas. De acordo com Cíntia, o novo espaço incluirá uma creche e a possibilidade de trabalhar com turmas multisseriadas, já que inicialmente ocorrerá uma redução do número de alunos na escolas, pois apenas os estudantes que têm ligação com Paracatu de Baixo irão para a escola do reassentamento.


As turmas multisseriadas são uma realidade comum em muitas escolas de zonas rurais. Segundo relatório do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em 2019, existiam mais de 80 mil turmas multisseriadas no Brasil, atendendo cerca de 1,2 milhão de alunos. Essas turmas estão, em sua maioria, concentradas em áreas rurais, onde há baixa densidade populacional e falta de infraestrutura adequada.


A multisseriação é uma forma legítima de organização escolar, conforme previsto na LDB 9394/96 em seu Artigo 28, que consiste na prática de reunir, em uma mesma sala de aula, estudantes de diferentes séries ou idades, principalmente em contextos rurais ou em comunidades com um número reduzido de alunos. Nesse modelo, o professor precisa adaptar o conteúdo pedagógico para atender aos variados níveis de conhecimento dos alunos ao mesmo tempo, utilizando metodologias flexíveis e diversificadas. Por não estarem no modelo hegemônico e tradicional de ensino, políticas educacionais específicas e planejamento cuidadoso por parte dos órgãos públicos e secretarias de educação são essenciais.


A professora Aline Aparecida Angelo, do Departamento de Educação da Universidade Federal de São João del-Rei, que realiza pesquisas sobre formação de professores e escolas do campo, destaca que a multisseriação, quando bem planejada e conduzida por educadores preparados, favorece o aprendizado colaborativo e a troca de experiências, além de respeitar a diversidade e a especificidades de cada territórios educativos.


"Com um investimento sério do poder público e uma formação pedagógica adequada para os profissionais, as escolas multisseriadas têm um grande potencial na produção de uma educação inclusiva." (Professora Dra. Aline Aparecida Angelo)

#ParaTodosVerem: Imagem de um muro cinza decorado com pinturas coloridas. Os desenhos incluem árvores, flores, corações, nuvens e casas, que foram feitas em uma área externa no espaço privado da escola.
Muro pintado por alunos e familiares durante a última Festa da Família, um evento anual idealizado pela pedagoga Cíntia Peixoto para fortalecer e resgatar os laços entre a escola e as famílias. | Foto • Yuri Dinali

Outro desafio enfrentado pela Escola está relacionado a necessidade de um apoio psicopedagógico adequado para a realidade dos estudantes.  A pedagoga Cintia Peixoto ressalta que esse acompanhamento será fundamental no período de transição para a escola do reassentamento. Até o momento esse suporte, por parte da Fundação Renova, não tem suprido todas as necessidades.


“A gente conversou neste semestre com a Renova junto com a Parangolé, que é a empresa que dá suporte para isso. Pedimos uma formação na primeira semana sobre Educação do Campo e oficinas para mostrar aos alunos que eles vão para outra escola [seja no reassentamento ou em Mariana].”(Pedagoga Cintia Peixoto)

A formação sobre Educação do Campo, de acordo com Cíntia, está sendo oferecida aos docentes, mas as oficinas direcionadas aos alunos têm se limitado a atividades recreativas, como pinturas. A própria pedagoga questiona a eficácia dessas atividades no processo de adaptação dos estudantes, ressaltando que o suporte oferecido pela Renova tem sido mais "pedagógico do que psicológico". Além disso, a professora Milena Amarante manifestou sua preocupação com a falta de diálogo entre a Renova e os professores.


"Acredito que a Renova tem cumprido suas obrigações, mas, por vezes, deixa a desejar. Muitas das atividades realizadas durante essa transição ocorreram sem o necessário diálogo com os professores, especialmente aqueles que já pertenciam a Paracatu. A participação do corpo docente nesse processo seria fundamental, já que somos nós que vivenciamos diariamente o cotidiano dos alunos e lidamos diretamente com as necessidades da escola. Nesse aspecto, acredito que a Renova falhou.” (Professora Milena Amarante)

O suporte psicopedagógico previsto no Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre as 3 esferas governamentais envolvidas (municipal, estadual e federal) e as empresas responsáveis pelo rompimento da barragem (Samarco, Vale e BHP Billiton) e reiterado pelo Programa de Recuperação das Escolas Impactadas e Reintegração da Comunidade Escolar, deveria ser oferecido pela Fundação Renova. No entanto, o cumprimento dessa obrigação não tem sido satisfatória. Segundo a pedagoga, isso se dá pelas constantes mudanças de planos e das empresas contratadas.


“Tinham psicólogos que vinham na escola na hora do recreio, mas não havia nenhuma ação direcionada. Eles vinham só na hora do recreio e iam embora. Na hora de fazer o trabalho com os alunos, parou. O motivo foi a troca de empresa.” (Pedagoga Cintia Peixoto)

Tentamos contato com a Renova, em duas ocasiões, pessoalmente no Centro de Informação e Atendimento em Mariana e também por telefone, para obter esclarecimentos sobre essas questões, além de entender melhor os projetos psicopedagógicos previstos para o período de transição, mas não obtivemos resposta, até a conclusão desta matéria. Vários são os desafios a serem enfrentados nessa espera de um recomeço adiado. Enquanto alunos, professores e pais esperam por uma transição organizada, o cenário nebuloso de mudanças e a falta de apoio psicopedagógico adequado reforçam o descaso com a comunidade. A expectativa é de que, desta vez, o cumprimento da promessa venha acompanhado por uma rede de suporte que torne essa nova etapa menos dolorosa e mais acolhedora, não apenas para a comunidade escolar, mas para toda a comunidade de Paracatu de Baixo.



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