Obras do Sistema de Esgotamento Sanitário, incluindo a construção de redes coletoras e interceptoras e a instalação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) têm previsão de conclusão para 2027
De acordo com o Infosanbas, plataforma de dados sobre o saneamento básico dos municípios brasileiros, feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), todo o esgoto coletado em Mariana, o que não chega a 80%, não recebe tratamento adequado. Paracatu e Novo Bento foram pioneiros a receber esse serviço no ano passado, pois foram construídas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) pela Fundação Renova nestes distritos. Já no distrito de Camargos, foram instaladas Estações de Tratamento Natural de Efluentes (ETNs) pela Samarco em 18 residências, mas ainda não existe uma ETE.
O esgotamento sanitário faz parte do saneamento básico, que engloba diversos serviços essenciais para a garantia da qualidade de vida da população, da saúde pública e da higiene urbana. A falta do tratamento de esgoto traz impactos negativos ao meio ambiente e à saúde da população, como: a poluição da água causa desequilíbrios em todo o ecossistema aquático, e, nos casos em que o esgoto fica a céu aberto, onde não há nem coleta e nem tratamento, são disseminadas diversas doenças, como gastroenterite, febre tifóide, cólera e diarreia.
Está em execução na cidade a Primeira Etapa das Obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES), projetada em 2019 e iniciada em 2023. A responsável pela obra é a Prefeitura Municipal, com recurso repassado pela Fundação Renova e aprovado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). O Projeto será dividido em duas etapas: na primeira, estão sendo construídos 46 km de redes coletoras e interceptoras, e na segunda, será construída a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Segundo informações cedidas pela prefeitura, a função da coleta é levar o esgoto para longe das residências, enquanto a do tratamento é diminuir a carga poluidora para que ele retorne à natureza sem causar prejuízos ao meio ambiente
De acordo com Remo de Almeida Machado, Coordenador de Implementação do projeto, a previsão para finalização das obras é 2027 com a conclusão das duas etapas. O coordenador afirma: “A implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) é acompanhada e fiscalizada por um corpo técnico especializado que procede desde a fiscalização nas frentes de obras até a validação dos boletins de medição. Além desta fiscalização, todas as medições são auditadas e as obras são vistoriadas por um perito indicado pelo BDMG”.
No site da Prefeitura de Mariana estão disponíveis documentos detalhados como relatórios fotográficos, contrato, licitação, ordem de serviço e medições, referentes ao ano de 2023. Segundo Remo, a obra está em dia, seguindo o cronograma previsto, que é condicionado a eventos climáticos, principalmente em relação ao regime de chuvas, e já foram construídos cerca de 4500 metros de redes coletoras e 3000 metros de redes interceptoras. Estas informações não puderam ser comprovadas pois ainda não foram disponibilizados documentos de acompanhamento da obra referentes ao ano de 2024.
Comments