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Fim das obras no Morro da Forca e prevenção de deslizamentos em Ouro Preto

Arthur Xavier e Sofia Cintra

Atualizado: 7 de fev.

Obras de contenção, com conclusão prevista ainda para o primeiro semestre, visam prevenir deslizamentos e proteger o patrimônio.


Morro da Forca ao lado de um prédio com características históricas | Foto: Arthur Xavier
Morro da Forca ao lado de um prédio com características históricas | Foto: Arthur Xavier

O Morro da Forca, que atualmente é um dos pontos mais críticos de deslizamento em Ouro Preto, caminha para o término de suas obras de contenção. A Prefeitura de Ouro Preto e o Governo de Minas Gerais discutiram os detalhes finais para a obra. A fase final do projeto está orçada em R$ 37 milhões, dos quais R$ 34 milhões serão aportados pelo governo federal, e o restante será dividido entre o Governo Estadual e o Executivo. Com estimativa de conclusão no primeiro semestre de 2025, a intervenção foi iniciada após os desabamentos em 2022, que destruíram patrimônio público e afetaram a segurança da população ao redor, onde se tem muitos comerciantes. 


Ouro Preto, cidade histórica e construída sobre serras e morros, enfrenta desafios constantes com deslizamentos de terra, especialmente durante o período chuvoso. Segundo o engenheiro, geólogo e integrante da Defesa Civil de Ouro Preto, Charles Murta, os principais fatores geológicos que tornam a cidade histórica propensa a situações de deslizamento são a topografia acidentada da cidade, os tipos de rochas presentes no município, e o acúmulo de chuva. 


Apesar disso, Charles destaca que “em períodos de chuva, a Defesa Civil realiza apenas o monitoramento visual da encosta. Em caso de movimentação perceptível, a via de acesso é fechada por segurança”. O Morro da Forca, por sua localização central e relevância histórica, se tornou um símbolo desse problema, mas não é um caso isolado.

#ParaTodosVerem Imagem em plano “mergulho”, indicando em pontos vermelhos, áreas de risco na cidade de Ouro Preto, com Serras em abundância e áreas verdes.
Imagem feita por satélite, mostrando a sede de Ouro Preto e os pontos de risco marcados em vermelho. | Foto: Defesa Civil

Outros pontos da cidade também preocupam moradores e autoridades. Bairros como Taquaral, Saramenha e Santa Cruz estão entre as áreas consideradas críticas pela Defesa Civil. No ano de 2016 o Serviço Geológico do Brasil mapeou Ouro Preto e demarcou 313 setores considerados de risco alto e muito alto, sendo 46 deles em Taquaral, 9 em Saramenha e 19 em Santa Cruz, de acordo com pesquisa de 2025 da Defesa Civil.


Obras e Expectativas 


A obra no Morro da Forca inclui a instalação de barreiras de contenção, drenagem adequada e reforço estrutural do solo. Enquanto a conclusão da obra traz esperança, a população segue apreensiva com a possibilidade de deslizamentos em outras áreas. Helena Pessoa, estudante da UFOP que mora ao lado do local, diz que não se sente segura mesmo com a obra se encaminhando para o final, devido à probabilidade de que qualquer deslizamento chegue ao seu quarto. Ela também diz que não há informações o suficiente para os moradores em relação aos riscos e monitoramento do local. “Nunca recebemos orientação. A gente nunca teve nenhum tipo de chamado em relação a isso, a cuidado, a deslizamento, se tem risco ou não”, afirma.


População da região


#PraTodosVerem Imagem ampla do centro histórico, onde possui casas e igrejas, mostrando em primeiro plano o morro da forca, e em segundo plano, dois outros pontos de deslizamento.
Imagem em plano aberto onde mostra o centro histórico de Ouro Preto e três pontos onde houve deslizamentos (sendo o Morro da Forca na parte inferior da imagem, e na parte superior da imagem os pontos próximos da rodoviária da cidade). | Foto: Arthur Xavier

Com o encerramento das obras, a cidade dá um passo importante na prevenção de desastres geológicos. Além disso, Charles também diz que é necessário que a população instale o aplicativo da Defesa Civil de Ouro Preto para ter ciência dos pontos de risco na cidade.


A discussão sobre políticas públicas voltadas à segurança geotécnica deve ser constante, garantindo que a preservação do patrimônio histórico caminhe lado a lado com a segurança da população, já que, devido à falta de medidas preventivas adequadas, outras cidades sofreram danos significativos ao seu patrimônio histórico, como no Rio Grande do Sul, onde houve enchentes em maio de 2024.


Há canais para os moradores sinalizarem áreas de risco na cidade, fazendo assim um trabalho conjunto com as autoridades para prevenir acidentes e riscos à saúde de todos. Contate a Defesa Civil pelo número (31) 3551-3121.




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