População marianense aguarda há dez anos a obra prometida
No ano de 2013, o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, destinou recursos a sete municípios de Minas Gerais para implantar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas). A verba é originada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2/2013). Contemplada pelo projeto, a construção da UPA do bairro São Pedro, em Mariana, teve início no ano de 2014, sob gestão do prefeito Celso Cota.
Na época, a recomendação feita pelo Ministério da Saúde era de que a UPA de Mariana fosse do Tipo I, que atende municípios de 50 a 100 mil habitantes. No entanto, o projeto realizado aqui é de uma UPA Tipo III, que possui 1300 m², capaz de atender até 450 pacientes por dia e pensada para cidades com população entre 200 a 300 mil habitantes. Naquele ano, a população de Mariana, segundo o IBGE, era de 58 mil habitantes.
A grandiosa obra completou, este ano, dez anos de construção, passou por cinco prefeitos, onze secretários de obra, seis secretários de saúde e mais 20 milhões investidos. Na linha do tempo abaixo, você vai entender as intercorrências da instalação da UPA São Pedro e as declarações de todos os prefeitos que passaram pelo executivo, mas não entregaram a Unidade.
Esta linha do tempo foi produzida a partir do cruzamento de dados obtidos em entrevistas concedidas à mídia local durante estes dez anos de obra da UPA São Pedro. As informações foram coletadas pelo Octo Parse, um software de raspagem de dados.
As falas foram retiradas de: Agência Primaz; Gazeta de Mariana; Jornal Geraes (antigo Galilé); Jornal Lamparina -UFOP; Jornal O Espeto; Jornal O Liberal; Jornal O Monumento; e Jornal Ponto Final.
Os acontecimentos históricos e políticos apresentados foram mapeados com o intuito de contextualizar as mudanças que ocorreram no município de 2014 até o momento.
Confira as matérias utilizadas na íntegra:
“Nós não temos poder financeiro para terminar essa obra. Óbvio que nós estamos redimensionando, buscando outras formas de estudo para pensar o que fazer naquele espaço para não ser mais uma obra inacabada em Mariana.”
“O mais difícil não é concluir a obra, mas manter uma UPA em funcionamento devido aos custos de manutenção.
“Gostaria de dizer que, desde que nós assumimos, um dos objetivos que eu coloquei na gestão interina, seria retomar a UPA. Tem muito dinheiro investido aqui, e que até hoje não deu retorno algum”..
“Fui informado que a chuva atrapalhou o andamento da obra. Mas, agora está 90% concluído, falta só os acabamentos.”
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