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Mariana oferece novos serviços para atendimentos de saúde

  • Isabele Galvão e Paulo Henrique Sales
  • 16 de dez.
  • 4 min de leitura

47° edição


Com novos exames que podem ser feitos no próprio município, cidade busca diminuir filas, acelerar agendamentos e ampliar o cuidado à saúde da população.


#ParaTodosVerem:  Foto da fachada de um prédio hospitalar, com paredes brancas e detalhes em vermelho-tijolo, identificado como Hospital Monsenhor Horta, com a placa da empresa Tomhos - Centro de Imagem. Na entrada há uma marquise e, abaixo dela, um painel de vidro com o nome do centro de imagem, logo abaixo há uma pequena área revestida de azulejos marrons. Perto da entrada, uma pessoa sentada atrás do painel de vidro.
O Centro de Imagens Tomhos, anexo ao Hospital Monsenhor Horta, em Mariana, realiza os novos exames pelo SUS. | Foto: Paulo Henrique Sales

A Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, implantou dois exames de imagem na cidade. A iniciativa teve início no dia 14 de outubro, quando exames de mamografia e rastreio - feitos para detectar o câncer de mama precoce antes mesmo do surgimento de sintomas - começaram a ser feitos na cidade. Ainda como novidade para a área da saúde, Mariana passou a contar também, desde o dia 26 de novembro, com exames de ressonância magnética.


A expectativa a partir da oferta dos exames é ampliar e garantir acesso, diminuir a fila de espera e agilizar os diagnósticos e cuidados com a saúde das mulheres, além de também atender casos de prevenção em homens que apresentarem sintomas como sensibilidade, inchaço ou nódulo na região do mamilo. Os atendimentos são oferecidos na cidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita e são realizados no Centro de Imagens Tomhos, empresa credenciada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião do Vale do Piranga (CISAMAPI), localizado na Rua Colina de São Pedro, n° 01, no bairro São Pedro, anexo ao Hospital Monsenhor Horta.


#ParaTodosVerem: O gráfico pizza se refere às incidências de câncer no Brasil, sendo dividido por gênero, com 99% dos casos em mulheres (em verde escuro) e 1% em homens (em verde claro). No Brasil, entre 2023 e 2025, foram registrados 73.610 mil casos, dos quais 10,47% aconteceram em Minas Gerais com 7.670 mil casos. Os estados com maior incidência estão localizados na Região Sul e Sudeste, e a doença acomete principalmente pessoas a partir dos 50 anos.
Panorama geral e estimativas de câncer de mama no Brasil, com foco em Minas Gerais | Dados: Controle do Câncer de Mama no Brasil: Dados de 2025 do Instituto Nacional do Câncer (INCA) - Ministério da Saúde. | Arte: Johann Zanuzzi

Segundo Juliano Duarte, prefeito de Mariana, esse é o primeiro passo para um projeto ainda maior. “Esse projeto vai fortalecer a linha de cuidado da saúde da mulher. Já estamos planejando a ampliação para ultrassons especializados, colposcopia, cirurgias ginecológicas, biópsias etc., de forma a complementar a oferta diagnóstica e garantir um atendimento integral, humanizado e com menor necessidade de deslocamento para outros municípios”, completa o prefeito.


De acordo com o Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), em 2024, Mariana solicitou 7.200 exames de mamografia que foram realizados principalmente no Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), em Itabirito, ou no Centro de Imagem de Ponte Nova. Já em 2025, até o dia 26 de novembro, quando os exames ainda eram realizados fora do município, a fila de espera para fazer o exame de ressonância magnética era de 648 pessoas. Dessa forma, as pacientes se deslocavam até as cidades da região para a realização dos exames e passavam por situações desagradáveis como a espera nas longas filas de atendimento.


“Trazer a mamografia para Mariana sempre foi uma prioridade. O município possui uma demanda crescente de mulheres que dependem do deslocamento para outras cidades para realizar o exame, o que gera filas, atrasos no diagnóstico e barreiras de acesso”, complementa Juliano Duarte, justificando que o avanço também possibilita maior autonomia do município para organizar a própria fila e priorizar os casos urgentes.


Claudia Efigênia Dias, 59 anos, teve duas irmãs diagnosticadas com câncer de mama e, por isso, precisa fazer exames de mamografia frequentemente para monitorar seu quadro de saúde e detectar precocemente qualquer alteração que possa surgir. Ela conta que o agendamento para o seu último exame, feito em 27 de novembro, ainda em Itabirito, foi demorado e precisou esperar por três meses para ser chamada. “Espero que eu consiga agendar mais rápido”, ressalta Cláudia sobre a implementação dos exames em Mariana. No momento, ela espera o resultado do seu exame para fazer o agendamento de ultrassom e, em seguida, ser encaminhada para consulta com um mastologista.


#ParaTodosVerem: Centralizada na imagem, Claudia está sentada em um sofá bege com um sorriso no rosto. Ela tem cabelo curto e grisalho, veste uma blusa branca florida, usa um colar dourado e óculos marrons.
Claudia Efigênia Dias faz mamografia regularmente depois que teve duas irmãs diagnosticadas com câncer de mama. | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Marilene Romão, secretária de Saúde de Mariana, a fila de espera já havia chegado a 1.580 exames, número que foi reduzido após a campanha do Outubro Rosa. Atualmente, cerca de 500 pessoas aguardam atendimento, com realização de 15 a 20 exames por dia, volume que, de acordo com a secretária, vem diminuindo gradualmente priorizando os casos de urgência. “Regulamos toda produção através do médico regulador e os casos de prioridade são os primeiros e as eletivas sucessivamente”, explica.


O investimento feito pela Secretaria em aparelhos de mamografia e ressonância magnética oferecidos pela empresa credenciada é de R$ 43.965 por mês, totalizando R$ 527.580 por ano. Os dois exames foram priorizados por se tratarem de procedimentos de alto custo e grande demanda. Antes da implantação, o transporte das pacientes para Itabirito e Ponte Nova custava entre R$ 20 mil  e R$ 28 mil mensais ao município. A previsão agora é ampliar ainda mais a oferta de exames. “Há o planejamento de ampliar a estrutura de diagnóstico que qualifique o tempo/resposta aos tratamentos voltados à saúde da mulher, especialmente, com uso de tecnologias, diagnósticos capazes de diminuir o tempo de espera para o resultado e antecipar tratamento, no fortalecimento da saúde preventiva”, destaca Marilene.


#ParaTodosVerem: O gráfico pizza faz um apanhado total de exames de mamografia realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais, sendo 32,1%  de mamografia diagnóstica, destacado em verde claro, e 67,9% de mamografia de rastreamento, destacado em verde escuro. Em seguida, outro gráfico pizza com diversas tonalidades da cor verde destaca a divisão etária das mamografias de rastreamento realizadas em Minas Gerais, com 249.625 exames realizados pela população alvo, mulheres entre 50 e 69 anos, o que representa 73,1%. Entre 40 e 49 anos, 70.494  exames, percentual de 20.6%. Em mulheres com 70 anos ou mais foram 17.276 exames, percentual de 5.1%. E, por fim, entre 35 e 39 anos, 4.195 exames, o que equivale a 1,2%. O índice de mortalidade pela doença no estado, em 2023, foi de 1.829 óbitos de mulheres.
Realização de mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais | Dados: Controle do Câncer de Mama no Brasil: Dados de 2025: Instituto Nacional do Câncer (INCA)/ Ministério da Saúde | Arte: Johann Zanuzzi

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