Mostra Grampo desperta a arte independente e resistência cultural em Ouro Preto
- Gustavo Sousa e Murilo Loredo
- 22 de jul.
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Atualizado: há 13 horas
46ª edição
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Organizada pelo coletivo AMEOPOEMA, a Mostra reuniu artistas e coletivos independentes em uma celebração da arte marginal e da liberdade de criação.

Entre os dias 9 e 13 de julho, Ouro Preto foi palco da 11ª edição da Mostra Grampo, evento que reúne artistas gráficos, músicos, escritores e editores independentes em uma proposta autônoma de celebração da arte marginal. A programação, gratuita e colaborativa, aconteceu em diversos pontos da cidade e teve como destaque o “Festival de Inferno”, contraproposta ao tradicional Festival de Inverno no município.
Organizada pelo coletivo AMEOPOEMA, a Grampo nasceu do desejo de criar espaços onde artistas, que estão fora do circuito institucional, pudessem ser vistos, ouvidos e valorizados. Mais do que exibir produções artísticas, a Mostra propõe reflexões sobre cidade, pertencimento e modos alternativos de circulação do saber. O evento articula arte e educação em uma perspectiva de resistência cultural.
Entre os símbolos do evento, estão os fanzines: publicações artesanais de baixo custo, que historicamente circularam entre grupos punks, anarquistas, feministas e queer. Hoje, os zines se firmam como ferramenta estética e política, combinando colagens, tipografias irregulares, risografia e linguagens visuais experimentais.
Além disso, a Grampo também é espaço de encontros. Pessoas de Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, se encontram nas ladeiras ouropretanas para compartilhar produções, experiências e afetos.
Com estética provocadora, autogestão e espírito coletivo, a Mostra Grampo reafirma que a arte independente não é marginal por falta de espaço, mas por escolha. E que todo lugar pode ser território de criação.
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