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Fontes de água, vestígios da vida

  • Giovanna Marçal
  • 13 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 12 horas

46ª edição


Ouça o resumo na íntegra:


Esse ensaio apresenta alguns dos chafarizes que podem ser vistos quando se anda pelas ruas da histórica Mariana


Os chafarizes de Mariana compõem um valioso conjunto de fontes que, no passado, desempenharam papel crucial no fornecimento de água para toda a cidade. Mais do que simples estruturas onde as pessoas buscavam água, esses locais eram também espaços de convivência, pois ali os marianenses se encontravam e construíam laços comunitários e sociais.


Hoje, embora nem todos ainda forneçam água, os chafarizes permanecem como monumentos e símbolos marcantes do patrimônio da cidade. São vestígios de uma época em que a água era, além de necessidade fundamental, motivo para encontros e, também, registro da presença, intervenção e conexão entre as pessoas.


Além da sua importância histórica, essas fontes de água são verdadeiras obras de arte. As formas na pedra-sabão revelam o talento e a sensibilidade artística que marcaram o barroco mineiro, transformando essas fontes em monumentos históricos. Algumas delas são dadas como esculpidas pelo aclamado Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. 


Erguido antes de 1749, o chafariz da São Pedro tinha como função principal fornecer água potável aos moradores da cidade. Registros da Câmara Municipal entre os anos de 1749 e 1753 indicam sua existência já nesse período. A autoria da obra é atribuída a Aleijadinho.



Outro chafariz que carrega muita história, é o bebedouro dos cavalos. Construído na primeira metade do século XVIII, era utilizado pelos cavalos dos Dragões do Conde de Assumar. Durante o século XX, foi transferido para a atual Praça Tancredo Neves. No entanto, em 1989, como parte das comemorações dos 270 anos da Cavalaria da Polícia Militar de Minas Gerais, o bebedouro foi reinstalado em seu local original: a praça Gomes Freire, mais conhecida como Jardim.



O atrativo chafariz São Francisco, atualmente localizado próximo à Praça Gomes Freire, foi construído por José Pereira Arouca no alto da Ladeira de São Gonçalo, em cantaria de pedra, sob encomenda da Câmara Municipal.


Para todos verem: homem idoso de chapéu, camisa vermelha e calça azul caminha diante de um chafariz histórico de pedra com parede branca envelhecida, duas flores de metal e molduras barrocas laterais.

Já a Fonte da Samaritana, obra do artista marianense Rinaldo Urzedo que se inspirou nos trabalhos de Aleijadinho para realizar sua arte, foi instalada ainda recentemente (julho de 2024), mas carrega traços e detalhes antigos vindos do barroco mineiro.


Para todos verem: Um chafariz histórico de parede, com estrutura em pedra esculpida e moldura pintada de amarelo e branco. No centro, há um grande painel em pedra com relevos, ladeado por dois painéis menores, também esculpidos. Na base central, está a bica d’água sobre uma pequena pia de pedra.

Devido à ausência de registros em documentos oficiais, não é possível confirmar com precisão a origem e a história de todos os chafarizes. No entanto, sabe-se que todos eles integram um importante acervo cultural e turístico da cidade de Mariana. Abaixo são apresentadas imagens de mais algumas fontes instaladas na cidade. Que tal tentar localizá-las durante um passeio pela histórica e acolhedora Mariana?


Para todos verem: Na imagem, há uma pomba branca pousada na borda superior de uma estrutura de pedra cinza com detalhes  esculpidos. Ao fundo, vê-se uma parede clara de uma igreja com uma janela retangular com grades pretas. Na parte inferior esquerda, duas pessoas aparecem parcialmente, desfocadas, caminhando.


Para todos verem: A imagem mostra uma peça retangular de pedra com moldura esculpida nas bordas. No lado esquerdo, há um cano metálico de pequeno diâmetro, projetado para a saída de água. No lado direito, há um relevo em formato de flores e folhas, também esculpido na pedra. A superfície apresenta sinais de desgaste e acúmulo de ferrugem e sujeira, especialmente ao redor do cano. O fundo é uma parede clara, parcialmente visível.



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